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Hipertensão gestacional: o que você precisa saber

7 de fevereiro de 2023

Durante a gestação, é necessário prestar muita atenção à saúde da mãe e do bebê.
A síndrome hipertensiva na gestação é considerada um grave problema de saúde pública, com expressiva taxa de mortalidade materna e fetal, tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. É a complicação médica mais comum da gestação e afeta 5 a 10% das gravidezes em todo o mundo.


O que é hipertensão na gestação?

A pressão arterial deve ser aferida sentada, em repouso de pelo menos cinco minutos. Pode ser também na posição de decúbito lateral esquerdo, em repouso, não devendo diferir da obtida na posição sentada;

A hipertensão do avental branco e a hipertensão mascarada são consideradas apresentações relativamente comuns na gravidez. Ocorrem em até 1/3 das gestantes, de modo que o MAPA e o monitoramento residencial da pressão arterial constituam exames complementares úteis na decisão clínica, fundamentais para evitar o tratamento desnecessário e potencialmente lesivo ao feto.

  • São consideradas gestantes hipertensas mulheres com pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg;
  • A gravidade da hipertensão na gravidez é considerada com base na ocorrência de envolvimento de órgão-alvo, bem como no nível da pressão arterial;
  • A hipertensão grave é definida com base em níveis tensionais ≥ 160 x 110 mmHg, os quais estão associados ao aumento do risco de acidente vascular cerebral em gestantes.

Tipos de hipertensão na gravidez:

Existem diferentes tipos de hipertensão que podem acometer a mulher no período gestacional, confira:

Hipertensão crônica preexistente (essencial ou secundária)

Ocorre quando a pressão arterial é ≥ 140 x 90 mmHg (hipertensão preexistente; em geral, hipertensão essencial ou diagnosticada antes da 20ª semana de gravidez). É comum ser diagnosticada por volta do primeiro trimestre ou bem no início do segundo. Está associada a desfechos maternos e fetais adversos; portanto, deve-se ter um controle mais rigoroso da pressão arterial materna (110 a 140/85 mmHg), monitorando o crescimento fetal e avaliando repetidamente o desenvolvimento de pré-eclâmpsia e complicações maternas.

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia: 

É uma síndrome hipertensiva complexa e pode deteriorar-se rapidamente e sem aviso; não se recomenda classificá-la como “leve” ou “grave”. O diagnóstico ocorre com aparecimento de hipertensão, que se instala a partir da 20ª semana de gestação com uma ou mais condições relacionadas:    

  • (> 0,3 g/24h) e/ou disfunções orgânicas maternas tipo evidência de lesão renal aguda materna (creatinina ≥ 1 mg/dl);
  • Disfunção hepática (transaminases hepáticas elevadas (TGO e TGP), > 40 UI/L);
  • Com ou sem dor abdominal (quadrante superior ou epigástrio);
  • Complicações neurológicas (incluem eclâmpsia, estado mental alterado, cegueira, acidente vascular cerebral, clônus, cefaleias intensas, escotoma visual persistente);
  • Hemólise ou trombocitopenia e/ou disfunção uteroplacentária (restrição do crescimento fetal, análise anormal da forma de onda do Doppler da artéria umbilical ou natimorto).                                                                                                                                   

A existência de proteinúria não é mandatória para o diagnóstico e pode ocorrer pela primeira vez intraparto, ou precocemente no pós-parto. Desse modo, o Ideal seria 

identificar gestantes com risco de desenvolver pré-eclâmpsia. As recomendações de screening, tipo pesquisar proteinúria  para esse fim, são falhas; a única rotina consensual é aferir a pressão arterial rotineiramente nas visitas do pré-natal

Pré-eclâmpsia combinada à hipertensão crônica:

Ocorre em 25% das gestantes hipertensas crônicas. O diagnóstico é feito quando uma gestante com hipertensão essencial crônica desenvolve alguma das disfunções orgânicas maternas compatíveis com pré-eclâmpsia.

Hipertensão gestacional: 

É uma hipertensão “nova” que surge após a 20ª semana de gestação, na ausência de proteinúria, sem anormalidades bioquímicas ou hematológicas. Geralmente não é acompanhada por restrição do desenvolvimento intrauterino, e os desfechos geralmente são bons; porém, cerca de um quarto das mulheres com hipertensão gestacional (particularmente aquelas que se apresentam com menos de 34 semanas) evolui para pré-eclâmpsia e apresenta desfechos desfavoráveis. Em geral, se resolve dentro das 6 semanas pós-parto


Quais são os principais sintomas da hipertensão na gravidez?

Nota-se a presença destes principais sintomas nas mulheres com hipertensão no período gestacional: 

  • dores de cabeça;
  • dores abdominais;
  • inchaço no corpo;
  • náuseas e vômitos;
  • diminuição dos movimentos do bebê por mais de 24 horas;
  • alterações na visão;
  • sangramentos vaginais.

Portanto, é evidente que as futuras mães, ao descobrirem a gravidez, busquem auxílio médico e façam todos os exames necessários para garantir uma gestação tranquila e segura para si e para o bebê. 

Instituto GAIA: cuidando da vida com zelo e competência. ❤️

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